domingo, 2 de setembro de 2007

Um ótimo filme B, dos anos 40


Ficha Técnica :

Direção: Steven Soderbergh
Gênero:Drama
Origem: Alemanha/Estados Unidos

Elenco :

George Clooney

Cate Blanchett

Tobey Maguire

Imaginem um filme rodado neste século, mas com técnicas da década de 40.

O Segredo de Berlim é exatamente isso, Sodebergh embasado pelos sucesso de 11 homens e um segredo, teve dos estúdio, carta branca para dar um pinçada nesse filme de arte.

A história é a de Jake, um correspondente de guerra, que vai a Berlim (em total ruína) para cobrir a famosa Conferência de Postdam (cidade vizinha a Berlim), mas sua intenção na verdade é encontrar uma “antiga namorada” Jane, que ficou lá durante a Guerra.

O problema se dá quando Jake descobre que Jane está de relacionamento com um soldado Trully que foi escolhido para ser seu motorista. O então triangulo amoroso se faz muito bem explorado.

E para aumentar ainda mais a trama, ela agora é casada, seu marido está desaparecido e todos o querem.

Goerge Cloney e Tobey (nosso eterno Homem – Aranha) estão impecáveis nesse longa.

Um belo filme, muito bacana mesmo. Pesquisando pela Net, achei algumas curiosidades que reproduzo no texto abaixo.

“...Ele dispensou o uso de tecnologia moderna para filmar com réplicas dos equipamentos utilizado na Hollywood dos anos 1940. Microfones e lentes, por exemplo, são antigos. A excentricidade forçou todos os envolvidos na produção a redimensionar suas atividades. O uso destes equipamentos, afinal, implicava em limitações para todo mundo. A câmera, por exemplo, não podia ficar muito longe da ação a ser filmada, pois o zoom funcionava de forma precária naquela época. Os atores também foram obrigados a falar mais alto, de forma pausada e clara, para que as palavras pudessem driblar a captação deficiente de áudio. Na impossibilidade de filmar em locação (porque, obviamente, a Berlim de 1945 não tem nada a ver com a atual), Soderbergh construiu todos os sets em estúdio, recusando-se a usar trucagens digitais, o que poderia baratear os custos.

Parece obsessivo em excesso? Pois o cineasta foi ainda mais longe, decidindo filmar no formato 1.66:1, que gera uma imagem mais quadrada do que o normal, ligeiramente mais larga do que o formato das TVs (1.33:1). A decisão provocou um problema aparentemente insolúvel, pois os cinemas do século XXI não estão equipados com projetores capazes de transmitir uma imagem no formato 1.66:1 (hoje em dia, o formato mais estreito utilizado pelos diretores em todo o mundo é o 1.85:1). O que fez Soderbergh? Filmou em 1.85:1 e, na fase de pós-produção, mandou colocar barras negras nas laterais da imagem, de forma que a projeção atingisse exatamente a proporção desejada. Resumindo, Soderbergh é o tipo de diretor que os produtores têm verdadeiro pavor de encontrar. Por sorte, em “O Segredo de Berlim” o produtor era o próprio cineasta, que bancou a película através da produtora Section Eight, que mantinha com Clooney na época das filmagens.

A teimosia obsessiva gerou um filme tecnicamente impecável, que emula com perfeição absurda um filme B dos anos 1940. O cineasta copia os cacoetes do estilo noir nos mínimos detalhes, e isto inclui uma edição que usa takes mais longos do que o habitual. A trilha sonora, composta por Thomas Newman, também parece retirada diretamente de um filme barato daqueles dias. A música, que percorre todo o filme praticamente sem pausas, dispensa metais e percussão (um luxo que só grandes produções tinham na época) e ganha arranjos exclusivamente de instrumentos de corda – vale observar que o diretor recusou uma trilha completa, feita por David Holmes, porque a música não se parecia o suficiente com a produzida na década de 1940. Como se não bastasse, a fotografia assinada pelo próprio Soderbergh privilegia ângulos oblíquos e capricha na iluminação expressionista, de fortes contrastes e muitas sombras....” ( Fonte : Cinereporter.com.br)

Avaliação : 4,5 / 5,0


Trailer : Clique AQUI

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